segunda-feira, 31 de julho de 2023

 CABINA DE COMANDO DA GRUA    (1/2)


           Desde 17/01/2005 a NR 18 exige que as gruas possuam  cabinas de comando acopladas à sua parte giratória.

            O principal motivo desse acoplamento é que o operador postado na cabina possa “sentir”  quaisquer irregularidades transmitidas por ruídos diferentes das partes móveis e/ou  motores, ou por trepidações anormais da estrutura.

      Até aquela data não era incomum encontrarmos equipamentos como  o “mastondonte” da figura abaixo, onde o operador ficava postado dentro de uma caixa metálica que fazia parte como elemento da torre. Exposto às intempéries e aos raios solares trabalhava em pé, pois nem um banquinho havia para se sentar. 

            À partir de 10/02/2020 houve uma complementação nas exigências requerendo que sejam dotadas de adequadas proteções aos agentes de riscos ambientais e dadas boas condições ergonômicas (assento, apoio para braços e pés e comandos bem dispostos),  compatíveis para o trabalho de 8 a 10 horas diárias com longa permanência na posição  “sentado”.

Ver NR 18, itens 18.10.1.25

 

CONDIÇÕES AMB IENTAIS

        Provavelmente o interior da cabina de uma grua dos modelos mais atualizados, seja um dos locais mais agradáveis de todo o canteiro de obras.

Mesmo assim,  é muito frequente o responsável pela Segurança do Trabalho do canteiro exigir que sejam efetuadas avaliações  completas para poeiras e para ruído. Desnecessárias em 99,99%  dos casos!




 Via de regra, nas gruas atuais encontramos:

a)     nível de ruído no interior da cabina de comando baixíssimo,  (LAVG inferior a 75 dB(A)); na maioria dessas ocasiões a fonte de ruído mais significativa é ... a do radinho de pilha (que ainda existe)  ou do celular com falatórios ou tocando músicas ao lado do operador.

b)    inexistência de agentes de riscos químicos significativos.

c)     proteção adequada contra intempéries e a ação dos raios solares (cortina, película protetora, quebra-sol), ventiladores e ar-condicionado nos equipamentos mais novos (foto  abaixo). 

d)    assento e comandos manuais ergonomicamente corretos.

 

RÍTMO DE TRABALHO

       Verificamos haver  grande descontinuidade nas atividades do operador da grua,  com muitos períodos de inatividade, seja pela demora na preparação das cargas ou mesmo pela própria dinâmica da obra.  Às vezes o operador não movimenta a grua  por mais de 10 a 15 minutos  por hora da sua jornada diária de trabalho.

A monotonia e isolamento,  principalmente quando as atividades se desenvolvem de forma muito descontinuada,   podem causar diminuição na sua concentração  laboral.  

Os operadores devem ser orientados, quando das pausas operacionais a saírem da cabina e se movimentarem, pois ficam muito tempo na posição sentado.

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