terça-feira, 29 de agosto de 2023

PARA DISTRAIR...😍

 

Com pequenas alterações, transcrevo a publicação abaixo:

JORNAL DO BRASIL / JANEIRO DE 1997 (edição 00280)

OPINIÃO / TUTTY VASQUES

 

            Tomara que não seja anedota o texto hilário, trágico e apócrifo, que um dia desses me chegou aos olhos! Trata-se do relato de um acidente de trabalho encaminhado por um pedreiro. Se for piada, é obra de um gênio do humor inexplicavelmente escondido sob o anonimato! Confira o estilo dele.

            “Sou assentador de tijolos. Estava trabalhando sozinho no telhado de um edifício de seis andares e, ao terminar o serviço, verifiquei que tinham sobrado 250 quilos de tijolos. Em vez de levá-los à mão para baixo, decidi colocá-los dentro de um barril e descê-los com a ajuda de uma roldana fixada num dos lados do edifício.

            Desci ao térreo, amarrei o barril com uma corda, voltei ao telhado, puxei o barril para cima e coloquei os tijolos dentro dele. Voltei para baixo, desamarrei a corda e segurei-a com força de modo que os 250 quilos de tijolos descessem devagar.

            Devido a minha surpresa por ter saltado repentinamente do chão (meu peso é de 80 quilos), perdi a minha presença de espírito e esqueci de largar a corda. É desnecessário dizer que fui içado do chão com grande velocidade. Na proximidade do terceiro andar, bati no barril que estava descendo. Isso explica a fratura do crânio e a clavícula partida.

            Continuei a subir numa velocidade ligeiramente menor, só parando quando meus dedos entalaram na roldana. Felizmente já tinha recuperado a minha presença de espírito e consegui, apesar das dores agarrar a corda. Mais ou menos ao mesmo tempo o barril com os tijolos caiu no chão e o fundo partiu-se. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 quilos. Como pode imaginar, comecei a descer rapidamente.

            Próximo do terceiro andar encontro o barril que estava subindo. Isso justifica a natureza dos tornozelos partidos e dos ferimentos nas pernas, bem como em outras partes do corpo. O encontro com o barril diminuiu a minha descida o suficiente para minimizar os meus sofrimentos quando caí em cima dos tijolos e, felizmente, só fraturei três vértebras.

            Lamento, no entanto, informar que enquanto me encontrava caído sobre os tijolos incapacitado de me levantar e vendo o barril acima de mim, perdi novamente a presença de espírito e larguei a corda. O barril pesava mais que a corda e então desceu, caiu em cima de mim, partindo-me as duas pernas.

            Espero ter dado a informação  solicitada do modo como ocorreu o acidente”

            .....


Um comentário:

  1. Não é distração, mas um texto importante para alertar sobre a importância da segurança do trabalho.

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